quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cutting

Nunca havia pensando a respeito do cutting. Sabia que algumas pessoas faziam, mas não tinha uma opinião formada.
Ontem sem dúvida, foi o pior dia do meu 2012, o dia em que perdi o que levei 4 anos para conquistar, aquilo em que baseei minha vida, programei tudo, e hoje, sem isso não faço ideia de como me reconstruir. E deus sabe (se é que ele existe mesmo), como a dor foi grande. E a culpa foi minha, por ser incompetente, por ser incapaz, por ser gorda, por não conseguir ser mulher o suficiente. E possuída pelo meu ódio, me machuquei, precisava me punir, me causar dor... e foi o que eu fiz. E por mais estranho que pareça eu me senti bem. A dor me fez acalmar, eu estava sendo punida pelo meu erro e aceitando humildemente. Hoje pela manhã, a culpa e a dor do coração ainda estavam aqui, e eu me cortei de novo. E me senti melhor. Cada vez que eu me entrego à dor do cutting, me sinto menos triste. Acho que é o mesmo principio que é apresentado no "Diário de um Mago" do Paulo Coelho, toda vez que ele tinha um pensamento ruim, seja inveja, tristeza, auto-piedade, ele cravava a unha do dedo mindinho embaixo da unha do polegar, até que o sentimento ruim passasse.
Eis aqui o exercício que mencionei, se alguém quiser tentar... http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2008/04/19/da-crueldade/



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Que droga.

Sabe, eu tô muito apegada a mia. Fico triste e acabo comendo, me arrependo e mio.
Sempre achei  que vontade de morrer e coisas do tipo era coisa de adolescente, mas hoje, eu com 24 anos, tenho vontade de desistir de tudo.
Acho que até sinto inveja de amigos meus... Eles têm tudo realizado, família, emprego e tudo mais.
A minha melhor amiga, tá casada com duas filhas lindas, com um marido maravilhoso... e eu a invejo.
Trabalho num emprego, que não vou negar, é legal, tem um ambiente bom, mas o salário não me permite fazer mais do que pagar as contas. Quanto ao amor... Como já havia comentado, namoro a um ano, um cara que queria ficar a pelo menos uns 4 anos, e consequentemente, sou extremamente louca por ele. Faço de TUDO pra ele, mas a impressão que eu tenho é que ele não liga tanto pra mim. E apesar de dizer que me ama, gosta de dizer que vai terminar comigo quando brigamos. Por ele, deixei muita coisa de lado, abri mão de muita gente, (sim, sei que errei), mas agora, me vejo um tanto sozinha, pois se ele me deixar hoje, não tenho a quem recorrer, pois aos poucos, deixei amizades se esvairem por conta do afastamento.
Simples assim, estou frustada, triste e sozinha. É como eu disse, achei que era coisa de criança, mas acho que não é. Ou então, eu devo ser uma criança.



quinta-feira, 19 de julho de 2012

Surtando ( como sempre)

Cara, eu sei que é feio se doar e esperar algo em troca, mas eu me doo tanto, que as vezes quero algo em troca.
Tantas vezes eu doei atenção, carinho, companheirismo. Eu sempre estive por perto nos bons e maus momentos. Deixo minhas coisas de lado para tentar ajudar o outro. 
Não estou, dizendo com isso, que sou santa. Definitivamente não sou santa e nem tento ser.
Sou chata, as vezes sou ignorante, falo sem pensar, mas sou gente.
Sou gente, sou carente, muito carente. Sou dependente.
Acho que fiz uma burrada com uma tatuagem (=/), mas pelo menos vou ter a boa lembrança no futuro.
Enfim, tô me sentindo mal, pra variar. Só acho que quanto mais corro atrás dos meus sonhos, mais eles se afastam. 
Acho que o jeito é me conformar. Então é isso: Sempre vou ser uma dura, com emprego medíocre de salário mínimo. Nunca vou me casar e ter uma família com quem eu amo (ele vai me deixar, tenho certeza, e não há nada que eu possa fazer); Sempre vou ser deixada de lado, por mais que eu tente fazer tudo dar certo, as pessoas de fora sempre terão o valor. Vou sempre ser gorda, não consigo controlar minha compulsão por comida.
Tô de saco cheio da vida. E fico puta pois é totalmente injusto estar nesse mundo em que eu nem pedi para estar. Nascer, devia ser questão de escolha.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Boas poesias não precisam de título

              Aquela espécie de insanidade que nenhum psiquiatra, psicologo, paranormal ou pseudo-inteligente explicam.
E que tipo de doença é esse que nenhum profissional conhece tratamento?
Sintomas incontroláveis, movidos apenas pela emoção, irracional de fato.
Uma sensação de quase impotência por não poder desapegar.
E mesmo se pudesse, não o faria, certamente morreria.
           Por mais que isso me consuma, não poderia viver sem. É justamente o que me faz querer viver, apesar de toas as dificuldades.
Sentimentos estúpidos.

(S_Chan)